quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Assertividade Emagrece!

Esse final-de-semana tive visitas que ficaram sábado e domingo em casa. Como fui treinada a mostrar amor e zelo cozinhando, foi exatamente o que eu fiz o tempo todo.
Exagerei, fiz comida para dar com pau! Comemos a soca que sobrou até hoje e ainda tem um monte de coisa no freezer esperando ser despachada. Ontem por exemplo fiz pão de linguiça para despachar um pacotão que sobrou do churrasco.
Planejei tanto e tanta coisa deu errada... Trabalhei que nem camela e fiquei irritada pq ninguém me ajudava nem a passar uma água num copo. Caprichei tanto e teve gente que nem provou para dizer se estava bom. Será que estava todo mundo errado e eu sou uma coitadinha? Claro que não!
Primeiro que embora seja uma filosofia muito diferente da qual fui criada, o importante de uma visita é passar o tempo juntos e não comer até sair pelo nariz e admirar minha cozinha limpa ou manter meu apto arrumado.
Segundo que exceto por umas duas ou três indiretas para o Marido, antes de ficar muito irritada com ele, EU não pedi ajuda. Não tenho cara de pedir para uma visita me ajudar com a louça, mas depois fico reclamando que ninguém me ajudou? Pode?
Isso é só para ilustrar o que na minha opinião é o pior problema do obeso: Falta de Assertividade! Quantas vezes eu comi um negócio que nem estava bom, só para agradar alguém?
Quantas vezes eu fiz uma coisa contra a minha vontade e para desentalar o fato da garganta engolia um monte de comida depois?
Quantas vezes eu comi para "não jogar fora"?
Quase todas as blogueiras que eu acompanho já falaram sobre isso e as que conseguiram emagrecer sempre têm histórias sobre como aprenderam a ser assertivas. Uma tabelinha para mostrar o que elas dizem e o que eu ainda faço:


O que minhas gurus sempre dizem: O que eu acho/faço:
Não se deixe de lado: Não deixe de fazer seu exercício para fazer sala para alguém.  Não traga coisas calóricas para sua casa para agradar outra pessoa e principalmente não coma algo por causa da insistência de outras pessoas.  A única exceção aos casos acima é quando VOCÊ realmente quer fazer essas coisas de maneira consciente, planejada e não forçada. Para uma pessoa que tem problemas de assertividade como eu, nem sempre é fácil diferenciar quando realmente quero fazer algo ou estou somente cedendo a insistência alheia.  E ainda faço mais: acabo achando que cuidar de mim mesma não é tão importante quando cuidar ou agradar os outros!
As pessoas que querem o seu bem e que lhe respeitam, vão entender caso você precise negar uma oferta. As que não entenderem, certamente não te odiarão por tão pouco. Eu ainda sinto uma necessidade enorme de não contrariar os outros e ainda tentar agradá-los! Que saco! Ah! E detesto gente insistente!
Não se trate igual lata de lixo: É melhor jogar for a o que sobra do que colocar para dentro e te fazer mal. Eu tento aproveitar de forma inteligente (e light) todas as sobras.  Não é fácil e nem sempre é possível.  Ainda como algumas coisas para não jogar fora :(

Embora ainda esteja longe de conseguir ser assertiva, entender o problema que tenho já é um grande passo para concertá-lo.
Beijos!



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Macarrão e Abobrinha

Com esse friozinho fica mais difícil comer salada, então apelo para os legumes (dá prá ver pelos posts passados, né?). Como macarrão é um prato que eu e o marido gostamos muito, sempre dou um jeito de encaixar um legume para diminuir as calorias do prato. O de hoje foi pimentão, mas pode ser abobrinha, brócolis, couve-flor, até couve-manteiga mesmo eu coloco no macarrão e como com gosto. A Sadia fazia uma lingüiça de frango defumada super light que era perfeita para esse macarrão, mas não sei porquê cargas d’água não fabrica mais. A receita da abobrinha é uma adaptação da que a minha avó fazia e chamava de torta de abobrinha, mas toda vez que eu posso substituir farinha de trigo ou maisena por aveia eu faço pois ela dá liga, tem fibras e é muito mais nutritiva. Quando ficou pronto, lembrei de um post que a Faby do Rainhas fez esses dias dizendo que usa muito o trigo integral em grão, pois a aveia em flocos grandes cozida ficou parecendo trigo.

Macarrão com Lingüiça e Pimentão (inspirado nesse aqui)

Não precisa de medidas muito certinhas, mas fatio bem fino uma lingüiça defumada (essa foi a da Sadia para churrasco) e coloco numa panela com um pouco de água no fundo (um meio copo). Deixa ferver até a água sumir. Isso faz com que a lingüiça solte um pouco da gordura e aí não é preciso acrescentar óleo para fritá-la e deixá-la douradinha. Quando a lingüiça já estiver bem dourada acrescento o pimentão picado e refogo o suficiente para que ele dê uma murchada (legume muito cozido perde o gosto e textura). Acrescento o macarrão (fui de espaguete integral), dou uma fritada geral e por último o molho (feito em casa de preferência).


Abobrinha de Forno com Aveia

 Corte a abobrinha (usei a paulista verde, mas minha avó usava a madura) em fatias de 1/2cm. Numa assadeira coloque uma camada de abobrinhas e distribua uma xícara de aveia em flocos grandes e depois mais uma camada de abobrinha. Em ¾ de xícara de leite dilua 2 saches de caldo de galinha em pó, pimenta do reino e mais qualquer tempero do seu gosto. Regue a assadeira com o leite de maneira bem uniforme. Cubra com papel alumínio e leve ao forno. Quando a aveia cozinhar (vc verá ela saindo um pouco por entre as fatias da camada superior de abobrinhas) tire o papel alumínio, polvilhe com parmesão e volte ao forno para gratinar.


 Fiz o macarrão para sobrar para a janta mas o marido matou tudo no almoço. Eu gostei mesmo foi da abobrinha. Como eu amo coisas gratinadas! Meu primeiro pratinho do almoço de hoje foi esse aqui:

Bejios!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

A quantas anda a minha RA

Comecei esse propósito de emagrecer em meados de maio. Sempre me baseio nos Vigilantes do Peso e o marido resolveu me acompanhar porque estavamos meio cansados de comer bobagens e disk-comida. O marido tinha comprado um air-climber e mesmo no começo sendo meio pesado para mim, peguei firme e fazia uma hora por dia religiosamente. Emagreci 2 quilos em 15 dias e então tive uma zique-zira e fui até internada. O médico me proibiu de fazer exercícios por uma semana. Quase morri de raiva de ter que ficar parada. Tomei conta ao máximo da alimentação, mas ficar de molho em casa sem poder fazer nada é complicado e gastei todos os pontos extras da semana. Depois me desorganizei e não consegui voltar a anotar e planejar cardápios, mas fiz pelo menos 1 hora de exercícios religiosamente todos os dias e não engordei. Fui levando e agora que eu acordei e vi que já se passaram dois meses e eu estou nessa lenga-lenga! Vou me organizar urgente e voltar a anotar e planejar tudo direitinho. Para quem não sabe nem por onde começar sugiro o livro "Pense Magro" da Judith S. Beck. É um livro muito interessante e acredito que funcione. No livro a autora descreve uma série de tarefas que a gente deve fazer, nenhuma delas é difícil de ser feita, mas a gente não pode descuidar porque assim como é a RA e a AF, se vc amolece e não cumpre um dia, pode não voltar no dia seguinte. Beijos!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Beringela super-fácil



Não é todo mundo que gosta de beringela, mas uma coisa temos que admitir: a danada é versátil.  A Faby do Rainhas do Lar disse que pode chegar a 100 receitas de beringela fácil, fácil (experimente o famosíssimo antepasto dela com um pouco menos de azeite para uma versão light). Minha mãe só fazia à milanesa ou gratinada com carne moída (qualquer dia eu posto esta receita).  Eu prefiro explorar pratos mais leves e esse surgiu de um dia de muita pressa.

Pique todos os legumes em quadrados médios (só para combinar o tamanho) e coloque numa assadeira.  Essa é uma dica importante: misture todos os temperos separadamente antes de adicioná-los aos outros ingredientes.  Faço isso porque a beringela absorve muito e muito rápido os temperos, principalmente os oleosos e desse modo o sabor fica mais homogêneo.  Nessa versão eu usei tahine (mas usei muitas vezes azeite no lugar), vinagre balsâmico (pode ser o comum ou limão), orégano, pimenta moída na hora e sal.
Leve ao forno por uns 10 min (vai depender do seu forno), retire e dê uma boa misturada e volte ao forno por mais 10 min.  Está pronto quando a beringela estiver macia mas ainda úmida.
Acompanha muito bem uma carne assada ou macarronada.  Também fica bem servi-la fria como antepasto numa torradinha (infelizmente aqui em casa nunca sobrou para eu testar).
Beijos!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dá para gostar de chuchu?

Comecei a aprender a cozinhar um pouco antes de começar a fazer regimes. Coleciono tanto livros de culinária quando de vida light. Hoje me viro bem entre legumes, pouco azeite e carboidratos integrais, mas não foi fácil me acostumar e gostar das coisas mais simples.
Quando a gente nasce ou ainda é criança, nosso paladar é ajustado para gostar somente de coisas calóricas pois precisamos de muita energia para crescer. Daí que criança sempre procura e sempre procurará coisas doces e gordurosas. Não é o próprio leite assim?
Só que a medida que a pessoa cresce acaba por tomar gosto por outros sabores pois precisa de outros nutrientes. Num passado não tão distante, as famílias faziam suas próprias refeições partindo sempre de praticamente todos produtos frescos e não industrializados porque essa era a única opção existente. E hoje? Hoje temos tantas opções fáceis e ruins que é difícil optar pelo menos fácil e bom. Quem é que prefere lavar, picar e temperar uma salada a discar um numero e em minutos ter em casa uma pizza com o queijo ainda derretendo? Pizza não é ruim para dieta, ruim é que o entregador só traz uma pizza inteirinha e ninguém come um só pedaço dela.
Mas na minha opinião o pior dos dias de hoje não é fast food, por incrível que pareça. É a vontade de deixar as coisas mais incrementadas, a vontade do “extra”, extra-queijo, extra-creme-de-leite, extra-leite-condensado, fritura no que pode ser assado ou cozido, açúcar no que já é doce, sal no que já está salgado, maionese no que já é gorduroso e assim vai. Sabe o que é isso? É viciar o paladar exatamente da mesma maneira que as pessoas se viciam em bebida ou cigarro. No começo você não precisa do extra, mas depois de um tempo o extra já não é o suficiente, e vc precisa mais de extras.
Minha mãe fazia um arroz-doce, perfeitamente maravilhoso somente com leite, arroz e açúcar. Hoje, dá uma procuradinha por receitas de arroz-doce... A grande maioria leva creme-de-leite ou leite-condensado! Precisa disso? Eu já comi arroz-doce com extra creme-de-leite e leite-condensado e vou te dizer, o da minha mãe era melhor, mas a maioria das pessoas está viciada em leite-condensado e creme de leite!
Agora, eu volto ao papo do titulo: dá para gostar ainda de chuchu? Dá! Para mim pelo menos deu! Foi um longo processo e outra hora eu falo mais disso pois o post já está enorme. Então só para ilustrar uma receitinha de chuchu.


Chuchu Crocante de Forno
- 1 chuchu
Chuchu temperado e arrumado na assadeira
- 3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado (por favor, use o fresco)
- 3 colheres de sopa de farinha de rosca (preferencialmente de pão integral)
Descasque o chuchu, corte ao meio para retirar a semente e depois corte em fatias (pode ser em cubinhos, mas aí é preciso aferventar ou cozinhar no vapor um pouco antes). Arrume em uma assadeira e tempere com sal e pimenta do reino.

Gratinado com uma casquinha crocante.

Polvilhe a mistura da farinha de rosca com o parmesão por cima e leve ao forno por alguns minutos até o chuchu amaciar e o queijo gratinar.

Se vc não cozinhar o chuchu antes ele ficará bem firme. Se vc preferi-lo mais macio pode aferventá-lo, mas o melhor é cozinhá-lo antes no vapor.

Espero muito que você goste!
Beijos!

Senta que lá vem a história


http://www.pheromoneoil.com/postcard.htm
Fui desses bebês que parecem um cão sharpei de tanta dobrinha.  Criança e adolescente de peso normal.  Mas aqui começa uma parte tosca do processo.  Quando tinha uns 13 anos, eu era magra mas achava que era gorda.  Não sei precisar qual era a minha altura e peso da época, mas nas poucas fotos dessa época dá para constatar que eu não tinha nada de gorda.  Tenho muitas teorias sobre essa loucura, mas resumindo eu era tímida, cdf, insegura, tinha uma criação rígida e antiquada e por causa disso minha popularidade era zero.  Não preciso dizer que nenhum menino me olhava.  Talvez até olhasse e eu não percebia.  O que minha cabecinha de adolescente imatura concluiu?  Que eu era gorda e meu corpo era inaceitável.  Apesar da fome que dá a fase de crescimento e das várias atividades físicas que eu fazia, às vezes tentava não comer e quando batia uma culpa eu me matava de fazer abdominais.  Foi nessa época que cheguei na minha altura de 1,75 e meu peso foi aumentando até que com 16 anos eu cheguei a uns 73 quilos e fiz meu primeiro regime: duas folhas de caderno que uma amiga me passou dizendo que era dos vigilantes do peso.  O regime não era ruim, se me lembro bem era balanceado e permitia um lanche e um refrigerante por semana.  Só para constar, naquela época não havia refrigerante diet.  Emagreci qualquer coisa que não me lembro quanto, mas estava às vésperas dos vestibular e é claro que o regime foi para as cucuias.
Nos meus vinte e poucos anos meu peso oscilou muito entre os 75 e 65, reflexo da inconstância do meu comportamento.  Fazia regimes nervosos mas quando escorregava era para valer.  Me matava de fazer atividade física (natação e caminhada) durante um tempo depois parava geral.
http://itabi.infonet.com.br/trocandoideias/wp-content/uploads/efeito-sanfona_palav2.gif
Nessa época morava com meus pais.  Minha mãe era excelente cozinheira e a comida sempre foi uma das maneiras com a qual expressava seu amor.  Na nossa casa sempre tem um bolo pronto, vários doces na geladeira e no armário e sempre alguma novidade na mesa de almoço e jantar (a coleção de receitas dela é absurdamente grande).  Era um campo minado para as escorregadas.
Depois dos 30 o efeito sanfona piorou.  Fiz um regime bravo para me casar e saí dos 80 e poucos para 75.  Cada baque emocional que sofri aumentou meu peso máximo e em 2008, com 36 anos eu cheguei aos 90 quilos .  Meu casamento entrou numa fase péssima e é claro que meu peso foi um dos fatores para isso.  Me inscrevi nos Vigilantes novamente pela internet e voltei para os 68 quilos, mas passei os últimos dois anos foram os mais complicados e emocionalmente trabalhosos da minha vida e quando vi estava de volta aos 80 quilos. 
Voltei ao regime em maio desse ano e é nesse ponto em que a gente se encontra.  Sigo os Vigilantes, gosto de cozinhar, inventar e testar pratos.  Nunca tomei e não pretendo de maneira nenhuma tomar remédio.  Acredito que o único jeito de emagrecer e permanecer magra é mudar a nossa cabeça e é nisso que eu tenho me empenhado mais do que no regime propriamente dito.  Já descobri muita coisa sobre mim mesma, sobre o que me faz me refugiar na comida e outras coisas.  Não sei o que ainda falta, mas vou descobrir e aí lhe conto.

domingo, 1 de agosto de 2010

Apresentando-me


Sou mais uma que luta com a balança.  Também já olhei no espelho e não me reconheci a ponto de pensar: “Deus, como é que toda essa gordura veio parar em mim?”.  Pergunta retórica, claro, pois eu conheço muitos métodos extremamente eficientes para juntar gordura.
Já desisti de sair de casa por vergonha ou porque abri o guarda-roupas e não achei absolutamente nada usável para a ocasião.
Também já entrei em várias lojas e nada me serviu. Algumas vendedoras ficavam constrangidas ao terem que me falar que não tinha meu tamanho em sua loja.  Outras faziam um ar de superioridade como se dissessem: “Como uma pessoa desse tamanho consegue não se enxergar?”. Algumas insistiam e traziam aquele monte absurdo de roupa na esperança de que alguma servisse até eu ficar inteira ralada de tanto experimentar e no fim não conseguir levar nada.  Já desisti e passei a comprar roupa em loja de gordo.  O triste dessas lojas é que todas as roupa têm estampas horrorosas ou então o modelo é para aquelas senhorinhas de cabelo lilás. Acho que eles devem pensar: “Ah, gordinha gosta de comer e de cozinha”, daí fazem roupas inspiradas nas capas de botijão de gás, lavadora de roupas, cortina, toalha de mesa, pano de prato e assim por diante. 
Já comprei uma bota um número maior que o meu porque foi a única que fechou na batata da perna.
Já tive dores nos joelhos e costas e calores no inverno.
Já olhei para fotos, não me reconheci e senti uma vergonha tremenda.
Já me senti um sofá quando queria me sentir mulher.
Costumo dizer que se somar todas os quilos que já emagreci (e engordei depois) já devo ter batido os 100 quilos facinho.
Hoje, acho que sei mais sobre dieta do que muito endócrino e nutricionista por aí.  Li muitos livros, assisti vários programas de TV sobre o assunto e li milhares de artigos de revista e internet e amo ler blogs de emagrecimento.
Depois da prepotência da última frase, podem me perguntar: “E você ainda não chegou ao peso que vc quer por que? A resposta é que estou procurando o caminho e por incrível que pareça, estou curtindo a busca.